Carta
Há muito tempo, sim, não te escrevo.Ficaram velhas todas as notícias.Eu mesmo envelhecí: olha em relevoestes sinais em mim, não das carícias(tão leves) que fazias no meu rosto:são golpes, são espinhos, são lembrançasda vida a teu menino, que a sol-postoperde a sabedoria das crianças.A falta que me fazes não é tantoà hora de dormir, quando dizias“Deus te abençoe”, e a noite abria em sonho.É quando, ao despertar, revejo a um cantoa noite acumulada de meus dias,e sinto que estou vivo, e que não sonho.
Há muito tempo, sim, não te escrevo.Ficaram velhas todas as notícias.Eu mesmo envelhecí: olha em relevoestes sinais em mim, não das carícias(tão leves) que fazias no meu rosto:são golpes, são espinhos, são lembrançasda vida a teu menino, que a sol-postoperde a sabedoria das crianças.A falta que me fazes não é tantoà hora de dormir, quando dizias“Deus te abençoe”, e a noite abria em sonho.É quando, ao despertar, revejo a um cantoa noite acumulada de meus dias,e sinto que estou vivo, e que não sonho.
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