quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

MONTEIRO LOBATO

José Bento Renato Monteiro Lobato 1882 á 1948






A natureza só permite aos gênios uma filha: sua obra.

Um governo deve sair do povo como a fumaça de uma fogueira.

Um país se faz com homens e livros.

Erro pensar que é a ciência que mata uma religião. Só pode com ela outra religião.

A consciência do homem comun mora no bolso, eis tudo.

Um só campo existe aberto, hoje, para as obras esculturais de algum vulto: o cemitério.

Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar.

Porque tenho sido tudo, e creio que minha verdadeira vocação é procurar o que valha a pena ser.
Acho a criatura humana muito mais interessante no período infantil do que depois de idiotamente tornar-se adulta.

Nunca no mundo uma bala matou uma idéia.

Fui mexer na minha tremenda papelada epistolar e tonteei. É coisa demais. É mundo.
Para a treva só há um remédio, a luz.

Os nomes que vimos pela primeira vez como tradutores perdem o prestígio, quando os vemos como autores. Há em nós a vaga impressão de que quem traduz não pode criar.

Meu cavalo está cansado e o cavaleiro tem muita curiosidade em verificar, pessoalmente, se a morte é vírgula au ponto final.



Quem tem força, abusa.



A natureza criou o tapete sem fim que recobre a terra. Dentro da pelagem deste tapete vivem todos os animais respeitosamente.
Nenhum o estraga, nenhum o rói, exceto o homem .


O SÍTIO DO PICA-PAU AMARELO



Um mundo encantado onde criaturas mágicas vivem em harmona com pessoas reais, esta série especial é adaptado da obra fantástica de Monteiro lobato, um dos maiores escritores do Brasil.

Uma boneca de pano chamada Emília magicamente ganha vida e leba os netos de Dona Benta que é a dona do sítio do Pica-pau Amarelo -nas mais incríveis aventuras. Este é um dos programas de maior sucesso das crianças na televisão brasileira.


"_ A vida, senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem pára de piscar chego ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos

_ viver é isso. É um dorme e acorda, dorme e acorda, até que dorme e não acorda mais[...] A vida das gentes neste mundo, senhor Sabugo, é isso. Um rosário de piscados. Cada pisco é um dia. Pisca e mama, pisca e brinca, pisca e estuda, pisca e ama, pisca e cria filhos, pisca e geme os reumatismos, e por fim pisca pela última vez e morre.

_ E depois que morre?, perguntou oVisconte.

_ Depois que morre, vira hipótese.É ou não é?"




Mapinguari

O Mapinguari (ou Mapinguary) seria uma criatura coberta de um longo pêlo vermelho vivendo na Floresta Amazônica. Segundo povos nativos, quando ele percebe a presença
humana, fica de pé e alcança facilmente dois metros de altura. Seus pés seriam virados ao contrário, suas mãos possuiriam longas garras e a criatura evitaria a água, tendo uma pele semelhante a de um jacaré.O mapinguari também possui um cheiro horrivel semelhante a de um gambá.
Os cientistas ainda desconhecem essa criatura. Uma hipótese que explicaria a existência do Mapinguari, sugerida pelo paleontólogo argentino Florentino Ameghino no fim do século XIX, seria o fato da sobrevivência de algumas preguiças gigantes (Pleistoceno, 12 mil anos atrás) no interior da Floresta Amazônica.



Entre muitos, o ornitólogo David Oren chegou a empreender expedições em busca de provas da existência real da criatura. Não obteve nenhum resultado conclusivo. Pêlos recolhidos mostraram ser de uma cutia, amostras de fezes de um tamanduá e moldes de pegadas não serviriam muito, já que como declarou, “podem ser facilmente forjadas”.




Boto




A lenda do boto é uma lenda da Região Norte do Brasil, geralmente contada para justificar uma gravidez fora do casamento.
Os botos são mamíferos cetáceos que vivem nos rios amazônicos. Diz-se que, durante as festaa juninas, o boto rosado aparece transformado em um rapaz elegantemente vestido de branco e sempre com um chapéu para cobrir a grande narina que não desaparece do topo de sua cabeça com a transformação.



Esse rapaz seduz as moças desacompanhadas, levando-as para o fundo do rio e, em alguns casos engravidando-as. Por essa razão, quando um rapaz desconhecido aparece em uma festa usando chapéu, pede-se que ele o tire para garantir que não seja um boto. Daí deriva o costume de dizer, quando uma mulher tem um filho de pai desconhecido, que ele é "filho do boto".


Serenatas


As serenatas fazem parte do folclore brasileiro:


Serenata é um tipo de música que abrange trechos musicais de pequena duração, usualmente cantados, tocados à noite, de preferência debaixo de uma janela e dedicados a uma donzela. Um dos estilos mais marcantes é o das serenatas feitas por estudantes e ex-estudantes universitários. Na tradição portuguesa e latina, existem diversos tipos de grupos musicais que executam este gênero de acto cultural, com especial relevo para os grupos de fado de Coimbra, para as tunas e para os grupos de serenatas. Esta música costuma ser tocada a alguém que se ama como forma de declaração do seu amor.


A Narizinho adorou a história.



O Pé de Garrafa


O Pé de Garrafa é um ente que vive nas matas e capoeiras. Raramente é visto. Mas ouvem sempre seus gritos agudos ora amedrontadores ou tão familiares que os caçadores procuram-no, certos de tratar-se de um companheiro ou parente perdido no mato.

E quanto mais procuram menos o grito lhes serve de guia, pois, multiplicado em todas as direções, desorienta, atordoa, enlouquece. Então os caçadores acabam perdidos ou voltam para casa depois de muito esforço para reencontrar o caminho conhecido. Quando isso acontece sabem tratar-se do Pé de Garrafa. Logo poderão encontrar os vestígios inconfundíveis de sua passagem, claramente assinalado por um rastro redondo, profundo, lembrando perfeitamente um fundo de garrafa.


O Tio Barnabé e o Zé Carijó morreram de medo essa história.



Iara ou Mãe D’Água


Lenda de origem indígena, muito comum na região Amazônica.Ela é uma sereia, metade mulher (da cintura pra cima) e metade peixe (da cintura pra baixo).Possui longos e lindos cabelos, alguns dizem que parece uma índia com cabelos negros, outros dizem que possui cabelos loiros ou até ruivos.

Ela hipnotiza os homens com o seu canto e com o seu olhar. Ao ouvirem seu canto lançam-se nas águas para irem ao seu encontro e na maioria das vezes acabam morrendo afogados.Ela sai da sua casa no fundo do mar, ou do lago ou do rio, geralmente no final da tarde e surge linda e sedutora a procura de um companheiro.É difícil um homem resistir ao seu canto hipnotizador ou à sua beleza. Por isso meninos ao se depararem numa situação dessas tapem os ouvidos e procurem não olhar para ela.



A Cuca


A Cuca é sem dúvida, um dos principais seres do folclore brasileiro, principalmente pelo fato do personagem ter sido descrito por Monteiro Lobato em seus livros infantis e em sua adaptação para a televisão, o Sítio do Pica-Pau Amarelo. A Cuca se originou através de outra lenda: a Coca, uma tradição trazida para o Brasil na época da colonização.


Segundo a lenda, a Cuca é uma velha feia que tem forma de jacaré e que rouba as crianças desobedientes, sendo usado por muitas vezes como uma forma de fazer medo em crianças que não querem dormir.


www.acessa.com

lobato.globo.com/


terça-feira, 19 de janeiro de 2010

OSWALD DE ANDRADE

111 - DE OSWALD DE ANDRADE
a poesia que eu amo

DITIRAMBO

Meu amor me ensinou a ser simples
Como um largo de igreja
Onde não há nem um sino
Nem um lápis
Nem uma sensualidade


Chefe camaiurá, grupo indígena do Mato Grosso


Erro de Português
Oswald de Andrade



"Quando o português chegou


Debaixo duma bruta chuva


Vestiu o índio


Que pena!


Fosse uma manhã de sol


O índio tinha despido


O português".



José Oswald de Sousa Andrade nasceu a 11 de janeiro de 1890 e é um dos mais significativos autores modernistas da literatura brasileira.

Participou da Semana de Arte Moderna, editou o jornal O Homem do Povo e ajudou a fundar O Pirralho e a Revista Antropofágica.

É de sua autoria o Manifesto Antropófago de 1928.

Morreu em São Paulo a 22 de Outubro de 1954.

Fragmento do Manifesto:

"Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz. Tupi, or not tupi that is the question. Contra todas as catequeses. [...]"


A publicação do Manifesto Antropófago é um momento crucial da literatura e da cultura brasileiras.
Foi publicado no primeiro número da Revista de Antropofagia, em maio de 1928 e assinado por Oswald de Andrade.



A ideia-base: «Alimentar-se de tudo o que o estrangeiro traz
para o Brasil, sugar- lhe todas as idéias
e uni-las às brasileiras, realizando assim
uma produção artística e cultural
rica, criativa, única e própria.
Era preciso desvincular-se de
laços passados, como o simbolismo, ainda fortemente
presente naquela época.»





O "Manifesto Antropófago", de 1928, é a resposta do escritor Oswald de Andrade às questões postas pela Semana de Arte Moderna (1922). Para ele, a renovação da arte brasileira nasceria da retomada dos valores indígenas. A iniciativa não era inédita. Após a Independência, o romantismo já havia usado esse «índio mitológico» para construir uma identidade nacional, oposta à dos europeus.


Oswald retoma essa temática, mas rejeita a xenofobia de outros modernistas. A civilização europeia não deveria ser rejeitada, mas sim absorvida. A antropofagia é o símbolo dessa tese: o europeu deve ser devorado.

MARCAS QUE CONDUZEM... - http://fractaisdemim.blogspot.com/

11º HUMOR


Ao Coração...


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Saudade...

Por que sinto falta de você?
Por que está saudade?
Eu não te vejo mas imagino suas expressões, sua voz teu cheiro.
Sua amizade me faz sonhar com um carinho,
Um caminhar, a luz da lua, a beira mar.
Saudade este sentimento de vazio que me tira o sono me fazendo sentir num triste abandono, é amizade eu sei, será amor talvez...

Só não quero perder sua amizade, esta amizade...
Que me fortalece me enobrece por ter você.
Machado de Assis

O que você acha?

A vida é uma ótima escola. O problema é o preço da mensalidade.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

MACHADO DE ASSIS

Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839, faleceu em 29/09/1908.

Não se irrite o leitor com esta confissão.
Eu bem sei que, para titilar-lhe os nervos da fantasia, devia padecer um grande desespero, derramar algumas lágrimas, e não almoçar.
Seria romanesco; mas não seria biográfico.
A realidade pura é que eu almocei, como nos demais dias...
Machado de Assis


Teoria do Humanitismo (Quincas Borba)
Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas.
As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição.
A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação.
Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. (...) ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.
Machado de Assis



"...tempo é um tecido invisivel em que se pode bordar tudo, uma flor, um pássaro, uma dama, um castelo, um túmulo. Também se pode bordar nada. Nada em cima de invisivel é a mais sutil obra deste mundo, e acaso do outro."





A distância é como os ventos: apaga as velas e acende as grandes fogueiras.


Guarda estes versos que escrevi chorando como um alívio a minha saudade, como um dever do meu amor; e quando houver em ti um eco de saudade, beija estes versos que escrevi chorando.

Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução, alguns dizem que assim é que a natureza compôs as suas espécies.






Eu não sou homem que recuse elogios.
Amo-os; eles fazem bem à alma e até ao corpo.
As melhores digestões da minha vida são as dos jantares em que sou brindado.



Helena Machado de Assis
"— Não sei o que é medo, interrompeu ela com ingenuidade.
— Sim? Não a supunha valente. Pois eu sei o que ele é.
— O medo? O medo é um preconceito dos nervos.
E um preconceito desfaz-se; basta a simples reflexão.
Em pequena educaram-me com almas do outro mundo.
Até a idade de dez anos era incapaz de penetrar numa sala escura.
Um dia perguntei a mim mesma se era possível que uma pessoa morta voltasse à terra.
Fazer a pergunta e dar-lhe resposta era a mesma coisa.
Lavei o meu espírito de semelhante tolice, e hoje era capaz de entrar, de noite, num cemitério...
E daí talvez não: os corpos que ali dormem têm direito de não ouvir mais um só rumor de vida. Estácio chegara ao último degrau da escada.
As derradeiras palavras ouviu-as ele com os olhos fitos na irmã e encostado ao poial de pedra.
— Quem lhe ensinou essas idéias? perguntou ele.
— Não são idéias, são sentimentos. Não se aprendem; trazem-se no coração."



"A insônia, musa de olhos arregalados, não me deixou dormir uma longa hora ou duas; as cócegas pediam-me unhas, e eu coçava-me com a alma."
"... fui a janela indagar da noite por que razão os sonhos hão de ser assim tão tênues que se esgarçam ao menor abrir de olhos ou voltar de corpo, e não continuam mais.
A noite não me respondeu logo.
Estava deliciosamente bela, os morros palejavam de luar e o espaço morria de silêncio."
Dom Casmurro


Livros e flores


Teus olhos são meus livros.

Que livro há aí melhor,

Em que melhor se leia

A página do amor?


Flores me são teus lábios.

Onde há mais bela flor,

Em que melhor se beba

O bálsamo do amor?


10º HUMOR

Até a placa sente...